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A Copa do Mundo é aqui!

O final de década de 1940 marcou o estopim do crescimento do Internacional. Ansiosos pela modernização do patrimônio do Clube, os torcedores apoiaram a construção das arquibancadas de concreto do Estádio dos Eucaliptos, em 1947, obra que duraria até 1950. Tal como ocorrera na construção do próprio Eucaliptos, e depois na inauguração do Beira-Rio, era a torcida quem angariava recursos e buscava material para aumentar o patrimônio do Clube.


Eucaliptos foi sede de jogos da Copa do Mundo de 1950

Com a renovação da estrutura das arquibancadas do estádio, o Eucaliptos acabou sediando dois jogos da Copa do Mundo de 1950: México x Iugoslávia e México x Suíça, motivo de imenso orgulho para os colorados. Até hoje, é o único estádio gaúcho a ter sediado um jogo de Mundial.

"Se não sabe o que fazer com a bola, joga pra fora"

Teté: o comandante 
do Inter na década 
de 1950

Francisco Duarte Junior, sempre conhecido como Teté, foi sem dúvida um dos técnicos mais importantes do Internacional. Os melhores jogadores, sem exceção – como Paulinho, Florindo, Oréco, Chinesinho, Odorico, Salvador, Larry, Jerônimo, Luizinho, Bodinho, Canhotinho, alguns mais, outros menos – foram conduzidos pela sua mão habilidosa e sábia. Teté veio do Regimento de Pelotas, era capitão, acabou major, mas foi eleito, para a história, o Marechal das Vitórias Coloradas.









Uma dupla fantástica

Os atacantes Bodinho e Larry formaram uma das mais fantásticas duplas de goleadores do Inter na década de 1950, consagrando uma jogada de combinação que ficou conhecida como 'tabelinha'. O pernambucano Bodinho jogou antes no Nacional, também de Porto Alegre, e entregou a posição de centroavante a Larry quando este chegou do Fluminense-RJ e da seleção brasileira olímpica de 1952. Os dois gostaram tanto do Rio Grande do Sul que nunca mais pensaram em sair daqui.

 

Larry, um dos maiores jogadores da história do Inter

 

Larry Pinto de Farias era conhecido como o Cerebral Larry. Extremamente técnico, Larry tinha facilidade de tabelar e chutar com os dois pés de fora da área. No Campeonato Gaúcho de 1955, o centroavante marcou 23 gols em apenas dezoito partidas. Só não foi o artilheiro porque Bodinho chegou aos 25. Larry tinha tanta moral com a torcida colorada que, mesmo perdendo os dois pênaltis contra o Renner que tiraram o Inter da disputa do título gaúcho de 1958, saiu de campo aplaudido. Anos depois, quando abandonou o futebol, foi eleito deputado estadual.

Números de Larry no Inter

1954 - 25 jogos e 29 gols
1955 - 40 jogos e 45 gols
1956 - 20 jogos e 19 gols
1957 - 36 jogos e 20 gols
1958 - 42 jogos e 28 gols
1959 - 20 jogos e 8 gols
1960 - 40 jogos e 16 gols
1961 - 33 jogos e 11 gols
1962 - 5 jogos

Como jogador, Larry conquistou o Campeonato Gaúcho de 1954 e o de 1961 pelo Internacional e o Pan-Americano de 1956 pela Seleção Brasileira, além dos títulos pelo Fluminense.


Time tricampeão gaúcho, em 1952

A inauguração do Olímpico

O Inter deu um presente inesquecível ao adversário no dia 26 de setembro de 1954: uma goleada de 6 a 2 no Gre-Nal dos festejos de inauguração do Estádio Olímpico. O goleiro Sérgio foi o melhor jogador do tricolor, e evitou uma goleada ainda maior. Larry fez quatro gols. O Inter treinado por Teté jogou com Milton; Florindo, Lindoberto; Oreco, Salvador e Odorico; Luizinho, Bodinho e Larry; Jerônimo e Canhotinho.


A conquista do Pan-Americano do México pelo Brasil

A Seleção Brasileira jogou sua primeira partida em 1914, mas só ganhou o seu primeiro título no exterior em 1952, no Pan-Americano do Chile. Entre os 22 jogadores do grupo, oito eram do Inter. E, cumprindo o destino de grandeza do Clube, sete desses oito foram titulares do time que ganhou o bi do Pan para o Brasil, em 1956, no México. O técnico também era colorado, Francisco Duarte Júnior, o Teté.

O Rio Grande do Sul transformou-se no centro das atenções esportivas. A seleção gaúcha com camisa da CBF estreou no dia 1º de março com vitória sobre o Chile: 2 a 1, com gols de Luizinho e Raul Klein. Em um jogo contra a Costa Rica, até então a grande surpresa do Pan-Americano, o placar foi 7 a 1, com três gols de Larry, três de Chinesinho e o último gol de Bodinho.


Da esq. para dir.: Luizinho. Bodinho. Larry, Ênio Andrade e Chinezinho, atacantes da seleção gaucha que representou o Brasil no Pan-Americano de 1956, no México.

A final foi contra a Argentina – empate em 2 a 2 e a consagração do time de Teté, campeão invicto do Pan-Americano do México, em 1956. Na volta ao Brasil, os jogadores foram visitados pelo vice-presidente da República, João Goulart, no Rio de Janeiro, e foram ao Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, para ver o presidente Juscelino Kubitschek e entregar o Jarrito de Ouro (mais tarde roubado da sede da CBF, junto à Copa Jules Rimet). Além de medalhas de ouro, o time ainda ganhou outros prêmios, mas, principalmente, o Brasil descobriu que poderia contar com o Internacional para qualquer parada.

A criação do hino oficial

 

Nelson Silva, autor do 
hino oficial do Inter

 

No final dos anos 50, o Internacional sentiu necessidade de ter um hino, uma canção formal de celebração dos sentimentos colorados. Fez-se um concurso, houve muitos candidatos, mas nenhum dos hinos satisfez a alma colorada como aquele que fora feito numa tarde de sofrimento de torcedor. O torcedor era Nélson Silva, carioca, compositor de morro, e que morava em Porto Alegre. O Internacional desandava contra o Aymoré. O ano era 1957. Ele escutava o jogo e esperava pela namorada, Ieda, mas esqueceu o compromisso daquela tarde. Sentou brabo na mesa de um bar, e por razões de quem é artista, começou a escrever um hino de louvação ao clube colorado.

Quando concluiu a última estrofe com o Clube do povo/ do Rio Grande do Sul, teve a sensação de que era isto que seria cantado pelo torcedor. Foi o que aconteceu. 'Celeiro de Ases' é hoje o hino oficial do Internacional e do torcedor colorado. Até alguns anos atrás a torcida também costumava cantar uma antiga marchinha carnavalesca – Papai é o maior/ Papai é que é o tal / Que coisa linda, que coisa rara / Papai não respeita a cara.

Dando um salto no tempo para o ano de 2006, durante a campanha do primeiro título da Libertadores, a torcida acostumou-se a entoar uma canção que virou praticamente um hino da conquista: Colorado, Colorado/ Nada vai nos separar/ Somos todos teus seguidores/ Para sempre eu vou te amar.

Celeiro de Ases (Nélson Silva, 1957)

Glória do desporto nacional
Oh, Internacional
Que eu vivo a exaltar
Levas a plagas distantes
Feitos relevantes
Vives a brilhar
Correm os anos, surge o amanhã
Radioso de luz, varonil
Segue a tua senda de vitórias
Colorado das glórias
Orgulho do Brasil

É teu passado alvi-rubro
Motivo de festas em nossos corações
O teu presente diz tudo
Trazendo à torcida alegres emoções
Colorado de ases celeiro
Teus astros cintilam num céu sempre azul
Vibra o Brasil inteiro
Com o clube do povo do Rio Grande do Sul